Apresentação

Modelos organizacionais para Atenção Primária à Saúde no SUS em territórios rurais remotos no Brasil

Comunidade ribeirinha do Amazonas (AM)

 

No Brasil, as áreas rurais remotas são diversas e apresentam singularidades que condicionam a organização e prestação dos serviços de saúde, a exemplo das questões ambientais, culturais, de cooperação social, de isolamento geográfico, de trabalho. São características contextuais que expõem as populações residentes nestas localidades a um conjunto de agravos e a barreiras de acesso específicas, que precisam ter respostas na Atenção Primária à Saúde (APS). É preciso também considerar as condições estruturais a partir das quais as equipes de saúde realizam o cuidado, como os serviços são prestados, quais elementos contextuais favorecem ou dificultam o acesso. Todas essas questões colocam-se como desafiadoras para a garantia do acesso aos serviços de saúde e consequentemente para o cumprimento dos princípios de universalidade, integralidade e equidade que regem o Sistema Único de Saúde (SUS).

 

 

O projeto Modelos organizacionais para Atenção Primária à Saúde no SUS em territórios rurais remotos no Brasil visa desenvolver modelos organizacionais para intervenção na APS, tendo em vista a melhoria do acesso à saúde. O ponto de partida do projeto é o compartilhamento dos resultados da pesquisa “APS em territórios rurais remotos no Brasil” com gestores, profissionais de saúde e movimentos sociais, sujeitos que trabalham e vivem nos diversos territórios rurais remotos do país. A interação e a troca de conhecimentos entre os diversos atores envolvidos com a temática, aliado ao adensamento das análises dos resultados da pesquisa formam a base para a formulação conjunta de modelos organizacionais para a APS e que, se espera, correspondam às necessidades locais e favoreçam ao acesso com equidade.

Comunidade ribeirinha Vitória do Jari (AP).
Unidade de Saúde da Família - Rurópolis

 

O projeto tem os seguintes objetivos:

– Aprofundar estudos sobre as especificidades e contextos dos territórios rurais remotos, agrupados em seis tipos na pesquisa, com base em diferentes processos de conformação e lógicas espaciais: Matopiba, Norte de Minas, Vetor Centro-Oeste, Semiárido, Norte Águas e Norte Estradas;

– Desenvolver estratégias de socialização do conhecimento técnico-científico entre os interlocutores da pesquisa nos diferentes territórios rurais e remotos;

– Elaborar modelos de organização e estratégias de gestão da APS para municípios rurais e remotos com participação de atores sociais;

– Disseminar resultados da pesquisa para informar a formulação de políticas públicas de APS para territórios rurais e remotos.

 

 

 

Este projeto é financiado pelo Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde (PMA), da Vice-Presidência de Pesquisas e Coleções Biológicas (VPPCB) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), iniciado por meio do Edital de Seleção 2020 – tema Atenção Primária à Saúde.

Os pesquisadores envolvidos neste projeto participam da Rede PMA 

Acesse o documento do projeto aqui.

Ponto de apoio da zona rural de Campos Lindos (TO)

 

 Integrantes:

Coordenação : Márcia Fausto e Ligia Giovanella

EquipeAdriano dos Santos, Amandia Sousa, Ângela Carneiro, Aylene Bousquat, Cassiano Franco, Cleide Martins, Cristiano Morais, Helena Seidl, Helvécio Magalhães Júnior, Juliana Lima, Lucas Cabral, Maria Helena Mendonça, Maria Jacirema Gonçalves, Patty de Almeida, Ronaldo dos Santos, Charles Cezar de Souza e Rosicléia Borges.