Atuação dos médicos na Atenção Primária à Saúde em municípios rurais remotos: onde está o território?
Uma atenção à saúde resolutiva e integral em municípios rurais remotos (MRR) cobra uma Atenção Primária à Saúde (APS) com forte dimensão comunitária, ancorada no território. O artigo visa analisar o perfil de atuação dos médicos na APS, considerando seu trabalho tanto no território quanto na unidade básica de saúde (UBS). A perspectiva dos médicos, agentes críticos na APS, contribui para compreender se ocorre oferta equânime e integral da APS. Foi realizado estudo qualitativo em 27 MRR, com entrevista a 46 médicos da Saúde da Família. Procedeu-se análise de conteúdo, estruturando-se os resultados nas dimensões de arranjos na atuação dos médicos nos territórios e organização das atividades na UBS. Os médicos centravam suas atividades nas UBS, principalmente nas sedes dos MRR com acordos de trabalho heterogêneos. O conhecimento sobre características do território e da população era frágil, sobretudo aqueles adscritos longe das sedes municipais. Nas raras ações no território, observou-se um modelo itinerante e/ou campanhista, com a marca da descontinuidade. A demanda espontânea foi priorizada em detrimento de ações de acompanhamento e planejamento do cuidado. Estes achados indicam a necessidade de se reforçar a interação com o território na oferta de serviços de APS em MRR.
Palavras-chave: Saúde da População Rural; Atenção Primária à Saúde; Territorialização da Atenção Primária
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Autores |
Cassiano Mendes Franco; Lígia Giovanella; Aylene Emilia Moraes Bousquat
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Países |
Brasil
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Periódico |
Todos
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Idioma |
Todos
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Ano |
2022
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Própria |
1
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Tipo |
Artigo
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