Entre os dias 19 e 23 de outubro, a equipe da pesquisa Atenção Primária à Saúde em Municípios Rurais Remotos (APS em MRR) esteve no município de Oiapoque (AP), localizado na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, para a realização da primeira etapa de campo da pesquisa na Região da Amazônia Legal.
A equipe foi composta pelas pesquisadoras Patty Almeida (ISC/UFF), Márcia Fausto (ENSP/Fiocruz) e pelo pesquisador Lucas Cabral (ILMD/Fiocruz Amazônia). A atividade marcou o início das coletas de dados da segunda fase do estudo, que tem como objetivo compreender os desafios, estratégias e potencialidades da Atenção Primária à Saúde em contextos de ruralidades, especialmente em territórios amazônicos e de fronteira.
Escuta dos trabalhadores e gestoras do SUS
Nos primeiros dias de campo, foram realizadas entrevistas com profissionais do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e de duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. As conversas permitiram aprofundar a compreensão sobre o trabalho das equipes de saúde, os modos de organização da APS e as estratégias de cuidado desenvolvidas diante das particularidades locais.
O grupo também realizou entrevistas com gestoras e gestores da Secretaria Municipal de Saúde, incluindo o Secretário Municipal de Saúde e a Coordenadora da Atenção Básica, em encontro realizado na sede do COSEMS Amapá, em Macapá (AP).
Diálogo transfronteiriço e aprendizado compartilhado
Durante o campo, os pesquisadores visitaram ainda a cidade de Saint-Georges, na Guiana Francesa, para conhecer a estrutura e o funcionamento dos serviços de saúde locais. A visita possibilitou compreender de forma mais ampla os fluxos de cuidado em regiões transfronteiriças e os vínculos estabelecidos entre comunidades vizinhas, revelando desafios e oportunidades para o fortalecimento da rede de atenção à saúde na região.
Agradecimentos
A equipe da pesquisa agradece à Secretaria Municipal de Saúde de Oiapoque, ao COSEMS Amapá e, especialmente, às profissionais de saúde do município pela acolhida, diálogo e generosidade em compartilhar experiências e vivências do cotidiano do SUS.
O campo de Oiapoque representa um passo importante para o avanço da pesquisa e para a valorização dos saberes e práticas que sustentam a Atenção Primária à Saúde em contextos de ruralidades.